As fraturas por stress acometem os membros inferiores e geralmente são encontradas em corredores de longa distância.
Ocorrem mais frequentemente nos pés, pernas e quadris.
Em relação ao quadril, estas lesões inicialmente se apresentam com uma dor insidiosa, após ou durante os exercícios. Geralmente o atleta refere alguma mudança recente no seu treinamento, como um aumento na distância percorrida.
Na literatura mundial encontram-se muitos relatos de fraturas por stress nos militares, devido a marchas longas, carregados com equipamentos pesados.
Via de regra as fraturas por stress ocorrem devido ao treinamento exagerado e ao impacto de repetição. Em mulheres atletas podem estar associadas também a alterações hormonais.
As forças que atravessam a articulação do quadril são enormes, podendo chegar a vários múltiplos do peso corpóreo (veja o link sobre anatomia, no menu “Informações”).
Estas forças gradualmente enfraquecem a região do colo femoral, que não tem tempo suficiente para se adaptar e se fortalecer devido ao treinamento excessivo e eventualmente pode apresentar uma fratura por fadiga. Este mecanismo é similar ao que acontece quando dobramos um pedaço fino de metal várias vezes, até quebrá-lo.
O diagnóstico é feito através de uma avaliação clínica e exames de imagem, as radiografias iniciais podem estar normais. Nestes casos, uma ressonância nuclear magnética pode evidenciar lesões ocultas, é o melhor exame para evidenciar este diagnóstico.
De acordo com os achados de exames, classificamos estas fraturas em (veja a figura abaixo):
A – fraturas por tensão
B – fraturas por compressão
C – fraturas com desvio
O tratamento das fraturas por compressão geralmente é não-cirúrgico, mas necessita de repouso, proteção de carga e controle cuidadoso. Caso haja progressão, desvio, ou retardo na consolidação óssea deve ser fixada cirurgicamente.
As fraturas por tensão e as fraturas desviadas são de tratamento cirúrgico, optando-se por fixação com parafusos canulados na maioria dos casos.
Após o tratamento cirúrgico inicia-se fisioterapia e o retorno aos esportes é gradual, após a consolidação da fratura.
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